domingo, 16 de agosto de 2009


Soneto do Amor Total


Amo-te tanto, meu amor...não cante

O humano coração com mais verdade...

Amo-te como amigo e como amante

Numa sempre diversa realidade.


Amo-te afim, de um calmo amor prestante

E te amo além, presente na saudade.

Amo-te, enfim, com grande liberdade

Dentro da eternidade e a cada instante.


Amo-te como um bicho, simplesmente

De um amor sem mistério e sem virtude

Com um desejo maciço e permanente


E de te amar assim, muito e amiúde

É que um dia em teu corpo de repente

Hei de morrer de amar mais doque pude.


(Vinícius de Moraes)


Nenhum comentário:

Postar um comentário